SECOM assinatura com descritor
Dilma

Dilma propõe ao Congresso criação de cinco universidades federais

Por Pedro Ulisses Gibson Vilela. Em 06/10/16 16:32.

Proposta foi oficializada nesta segunda (9) durante cerimônia no Planalto. Novas instituições seriam instaladas em municípios de GO, PI, TO e MT.

A presidente Dilma Rousseff assinou nesta segunda-feira (9), em uma cerimônia no Palácio do Planalto, uma mensagem que será enviada ao Congresso Nacional propondo a criação de cinco novas universidades federais. Segundo o Ministério da Educação, a mensagem presidencial tramitará no Legislativo como projeto de lei. Para que as instituições universitárias saiam do papel, será necessário a proposta ser aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado e, posteriormente, sancionada pela Presidência da República.

Ainda de acordo com o MEC, o projeto de lei proporá a construção das novas universidades federais nos municípios de Catalão e Jataí, em Goiás, Delta do Parnaíba, no Piauí, Araguaiana, em Tocantins, e Rondonópolis, no Mato Grosso.

No evento de anúncio da proposta, a presidente afirmou que as universidades vão ajudar a interiorizar o ensino superior no país.

"Essas cinco universidades completam imenso esforço que fizemos para interiorizar universidades no nosso país (...) Isso é importante, faz parte de algo fundamental, que é democratizar o acesso à universidade pública no Brasil", afirmou a presidente.

A proposta de criação das novas universidades federais faz parte de uma série de medidas que Dilma pretende anunciar antes de o Senado votar no plenário, provavelmente nesta quinta (12), o relatório da comissão especial que recomenda o impeachment da presidente da República. Se a maioria dos senadores presentes à sessão votar favoravelmente à instauração do processo, Dilma será afastada do cargo por até 180 dias para ser julgada pelo Senado.

Nos últimos dias, a petista já anunciou a liberação, por meio do Plano Agrícola e Pecuário, de de R$ 202,8 bilhões para produtores rurais; o início da operação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte; a liberação, por meio do Plano Safra, de R$ 30 bilhões ao setor agropecuário; a construção de 25 mil moradias do Minha Casa, Minha Vida por meio de movimentos sociais e sindicatos; o reajuste médio de 9% nos pagamentos do programa Bolsa Família; e o envio ao Congresso do projeto de correção de 5% da tabela do Imposto de Renda de Pessoa Física a partir de 2017.

Cristovam Buarque

Dilma foi recebida no evento sob aplausos e gritos de apoio das centenas de estudantes e representantes de associações ligadas à área educacional que lotaram o salão nobre do Palácio do Planalto. Simpatizantes do governo e contrários ao impeachment, os convidados gritaram, entre outras coisas, “Dilma, guerreira da pátria brasileira” e “Não vai ter golpe e já tem luta”.

Em meio à solenidade, os convidados vairam e entoaram gritos de "golpista" em referência ao senador Cristovam Buarque (PPS-DF), ex-ministro da Educação que tem se manifestado publicamente a favor do impeachment da presidente da República.

O parlamentar do Distrito Federal não estava presente na solenidade, porém, o nome dele foi citado no discurso do coordenador do Fórum Nacional da Educação, Heleno Araújo.

O dirigente do fórum de educação relatou na cerimônia que Cristovam defendeu a certificação dos professores, medida que é combatida pela entidade.

Em razão das vaias e dos gritos de "golpista" direcionados a Cristovam, Heleno Araújo teve de interromper por alguns segundos seu discurso.

Fonte: G1

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